De acordo com a agência de notícias EFE, as três fases teriam uma duração de 45 dias cada.
Na primeira, os reféns “mulheres e crianças [menores de 19 anos, não militares)], idosos e doentes, seriam libertados em troca de um número específico de prisioneiros palestinianos”, segundo o plano do Hamas, que foi entregue na noite de terça-feira aos mediadores do Qatar e do Egito e divulgado esta madrugada a rede social Telegram.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou na terça-feira que recebeu a contraproposta do Hamas ao seu plano de trégua transmitido pelo Qatar, principal mediador do conflito, e está a avaliá-la, enquanto o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a contraproposta do grupo palestiniano é “um pouco exagerada”, sem dar detalhes do seu conteúdo.
Na primeira fase das três propostas, o Hamas também exigiu a retirada das forças aéreas israelitas das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a entrada de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução de hospitais e casas, juntamente com a criação de acampamentos temporários.
Por sua vez, segundo o texto, seriam estabelecidas “conversações indiretas” com Israel para acabar com a guerra e “regressar à paz completa”, uma exigência que até agora Israel sempre negou.
Numa segunda fase, todos os homens raptados seriam libertados em troca de um número ainda a ser determinado de prisioneiros palestinianos, bem como haveria a retirada completa do exército israelita do enclave palestiniano.
Na terceira fase, segundo o relatório, os corpos sem vida dos reféns, pelo menos 27, e de outros prisioneiros já mortos seriam trocados entre as partes.
Na noite de terça-feira, os islamitas do Hamas já tinham anunciado que tinham respondido ao projeto de acordo “com espírito positivo”, mas os detalhes dos parâmetros em negociação não tinham sido ainda revelados.