O procurador Simon B. Gnanou disse que o ataque aconteceu na aldeia de Zaongo, a cerca de 60 quilómetros da cidade de Boulsa.
“Até ao momento, face às nossas investigações e aos testemunhos recolhidos, os perpetradores destas atrocidades permanecem desconhecidos“, disse Gnanou.
A nação da África Ocidental luta há anos contra insurgentes jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, o que já motivou milhares de mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.
As autoridades locais levaram dois dias a alertar para o ataque e mais quatro dias para que uma equipa de investigadores pudesse chegar ao local onde encontraram dezenas de casas queimadas, disse o procurador, acrescentando que a dado momento foi também necessário repelir um ataque contra a coluna de investigadores.
“Nestas circunstâncias dolorosas, apresento as minhas sentidas condolências às famílias enlutadas e desejos de uma rápida recuperação dos feridos“, disse Gnanou.
A violência jihadista no Burkina Faso levou a dois golpes de Estado, com a atual junta no poder desde setembro de 2022.
A junta, liderada pelo capitão Ibrahim Traore, foi acusada por grupos de defesa de direitos humanos de cometer abusos contra civis e reprimir liberdades civis em nome da segurança nacional.
No início do mês a junta apresentou uma lei de emergência contra suspeitos de dissidência para alargar a repressão, de acordo com um relatório da organização Human Rights Watch.