O decreto de garantia da lei e da ordem (GLO), autorizado a semana passada pelo Presidente, Luís Inácio Lula da Silva, perante o aumento da insegurança, será aplicado nos portos de Itaguaí, no Rio de Janeiro, e de Santos, em São Paulo, bem como no aeroporto paulista de Garulhos e no Galeão, no Rio de Janeiro.
Lula explicou, quando autorizou a medida, que este mecanismo visa combater o crime organizado e contará com uma comissão de acompanhamento formada pelas forças de segurança e criada pelos Ministérios da Justiça e da Defesa.
A operação das Forças Armadas contará também com a cooperação das diferentes forças policiais a nível federal, bem como de outras organizações de segurança responsáveis ??pelo controlo e segurança de portos, aeroportos e fronteiras.
“A Polícia Federal ampliará as ações e operações de Inteligência para apreensão e busca de bens pertencentes a quadrilhas e milícias, especialmente no Rio de Janeiro”, afirmou o Presidente brasileiro durante a assinatura do decreto, no Palácio do Planalto, na semana passada.
Por sua vez, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que serão destacados cerca de 3.700 militares do Exército, Força Aérea e Marinha para aquela missão, os quais, embora tenham funções policiais, não terão por objetivo substituir a polícia.
Dino destacou as palavras do Presidente, segundo as quais os militares não serão utilizados para combater o crime organizado nas ruas, tarefa reservada à polícia.
A medida surge após o aumento da insegurança nos dois principais estados do país, especialmente no Rio de Janeiro, onde a morte do chefe paramilitar Matheus da Silva Rezende, vulgo Faustão, durante uma operação policial teve como resposta o incêndio de cerca de 30 autocarros da rede de transporte público da cidade.