Durante a noite, o Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou ter obtido do homólogo egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, a garantia de “deixar entrar até 20 camiões”, um número absolutamente insuficiente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Cairo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje “um acesso humanitário rápido e sem obstáculos” que permita a entrega da ajuda à Faixa de Gaza, apelando também para “um cessar-fogo humanitário imediato”.
As colunas de ajuda humanitária, que devem chegar a esta língua de terra exígua onde vivem 2,4 milhões de palestinianos, estão retidas há dias no terminal de passagem de Rafah.
Bairros inteiros foram arrasados e estão sem água, comida e eletricidade, e mais de um milhão de pessoas foram deslocadas após o cerco imposto a 09 de outubro por Israel a Gaza, já submetida a um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo desde que o Hamas — classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia – tomou o poder, em 2007.
No terminal de Rafah, egípcios repararam hoje os danos causados pelos bombardeamentos israelitas, para deixar passar os camiões de ajuda, segundo testemunhas, e dezenas de pessoas concentraram-se no local, na esperança de que a reabertura do ponto de passagem lhes permita abandonar aquele território palestiniano.
No 13.º dia de guerra mortífera entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita. O número de reféns do Hamas foi hoje revisto em alta para 203 pessoas.
Do lado palestiniano, mais de 3.700 pessoas, na maioria civis, foram mortas nos bombardeamentos incessantes realizados em retaliação pelo Exército israelitas, de acordo com o mais recente balanço do Governo local, controlado pelo Hamas.