Os policiais foram enviados para as ruas com a missão de controlar possíveis problemas após o funeral de Nahel, um jovem de 17 anos, de pais argelinos e marroquinos, que foi baleado por um polícia durante uma fuga de trânsito na terça-feira no subúrbio parisiense de Nanterre.
Desde então, os manifestantes incendiaram carros e transportes públicos e saquearam lojas, mas também atacaram instituições públicas, como prefeituras, esquadra da polícia e escolas, bem como outros edifícios que representam o Estado francês.
Na sua comunicação, o Ministério do Interior francês disse que 719 pessoas foram presas na noite de sábado, menos do que as 1.311 na noite anterior e 875 na noite de quinta-feira.
Quarenta e cinco mil policiais e milhares de bombeiros foram mobilizados para impor a ordem. “A acção deles … fez uma noite mais tranquila”, disse o ministério do Interior no Twitter.
A cidade francesa de Marselha registou na noite de sábado para domingo vários incidentes, obrigando a polícia a interferir, tendo mesmo lançado gás lacrimogeneo e lutou em batalhas de rua com jovens ao redor do centro da cidade até de madrugada.
Devido à violência dos protestos, vários países europeus e asiáticos aconselharam os seus cidadãos a não viajarem para a França, ou a estarem vigilantes devido à agitação.
O Consulado Geral da China apresentou uma queixa formal à França depois que um autocarro que transportava um grupo turístico chinês teve as janelas partidas, isso na quinta-feira, tendo alguns dos turistas ficado com ferimentos leves, declarou, ontem, o Escritório de Assuntos Consulares da China em Franca.