Angolanos na diáspora juntaram-se este sábado na Assembleia Municipal de Lisboa para enaltecer a paz, numa celebração ecuménica promovida pelo Consulado Geral de Angola em Portugal.
A Cônsul Geral de Angola em Portugal, Vicência de Brito, enalteceu a unidade nacional como “pedra basilar para a preservação da paz”, depois do silenciar das armas há 21 anos. Vicência de Brito exortou a unidade entre os angolanos, afirmando que todos devem “juntar sinergias” para a consolidação da paz e o desenvolvimento nacional, “necessários para a democracia”.
A dirigente angolana falava este sábado
em Lisboa na abertura da celebração ecuménica pelo 21º aniversário da paz em Angola, assinalado no passado dia 4 de abril. Vicência de Brito sublinhou que a iniciativa, que juntou várias confissões religiosas, “deverá ser também um incentivo” para que todos sejam capazes de se unirem “para construir uma Angola melhor” em benefício de todos os angolanos, “independentemente do credo religioso ou dos ideais políticos”.
“A paz é o único caminho”, frisou.
À margem do evento, Eduarda Ferronha, dirigente associativa angolana, defendeu que a paz “não está completamente consolidada”, apesar das dificuldades inerentes ao atual contexto socioeconómico.
“Com a colaboração de todos”, acrescentou, será possível desenvolver o país, reforçar a paz e assegurar a todos melhores condições de vida. Ferronha entende que deveria haver maior interação entre Angola e a sua diáspora, por exemplo em Portugal, onde existem muitos quadros úteis ao esforço de desenvolvimento nacional, nomeadamente na área da saúde.
Entre os presentes esteve também a angolana Francisca Vandunem, antiga ministra da Justiça no Governo de António Costa, primeiro-ministro de Portugal.