Além das nove mortes, a Guiné Equatorial registrou 16 casos suspeitos de vírus Marburg com sintomas de febre, fadiga, vómito e diarreia com sangue, avançou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As mortes foram preliminarmente associadas a uma cerimónia fúnebre no distrito de Nsok-Nsomo, província de Kie-Ntem, indicou o ministro da Saúde da Guiné Equatorial, Mitoha Ondo’o Ayekaba, na sexta-feira.
Há uma semana, as autoridades de saúde locais relataram uma doença desconhecida que se manifestava através de febre hemorrágica. Enviaram então amostras para o Senegal, onde um laboratório do Institut Pasteur confirmou o resultado positivo para o vírus de Marburg, explicou a OMS.
Entretanto, os serviços de saúde organizaram equipas para rastrear os contatos próximos das vítimas. Para já, mais de 200 pessoas estão de quarentena e os casos suspeitos mantidos em tratamento. O movimento da população na província de Kie-Ntem foi restringido.
“Graças à rápida e decisiva ação das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode ser implementada de forma mais rápida para salvar vidas e deter o vírus o mais rapidamente possível”, declarou ontem através de um comunicado Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para o Continente Africano.
“Estão em curso mais investigações. Equipas avançadas foram destacadas para os distritos afectados para localizar contactos, isolar e prestar cuidados médicos a pessoas que apresentem sintomas da doença”, acrescentou a OMS.
A doença do vírus de Marburg pode ter uma taxa de mortalidade de até 88 por cento, de acordo com a organização, e é altamente contagiosa, tal como o Ébola. Acresce que ainda não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para o tratamento.
Os Camarões, país vizinho, também restringiram a circulação das pessoas ao longo da fronteira para melhor conter possíveis contágios.