Angola manteve a tendência dos últimos anos no combate à corrupção, subindo para o 116º lugar no Índice de Percepção da Corrupção, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório divulgado terça-feira.
A edição deste ano do Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional, mostra que, em termos estatísticos, Angola subiu 20 lugares comparativamente ao CPI de 2021, fixando-se no 116º lugar entre 180 países e territórios.
“O compromisso contínuo do Presidente João Lourenço de erradicar a corrupção sistémica no país está a surtir efeito, inclusive por meio de leis mais rígidas”, destaca a Transparência Internacional, sublinhando que Angola apresentou uma “melhoria significativa nos últimos anos”, ganhando 14 pontos desde 2018. A ONG destaca, ainda, o facto de o Ministério Público angolano ter solicitado, recentemente, à Interpol a emissão de um mandado de detenção contra a empresária Isabel dos Santos, tendo o Supremo Tribunal do país ordenado a apreensão dos seus bens.
A tendência na avaliação do índice de percepção da corrupção, nos últimos cinco anos, traduziu-se numa subida de 14 pontos, e considerando os últimos 10 anos, a subida foi de 11 pontos.
O CPI foi criado, em 1995, pela Transparência Internacional e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no sector público. Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.