A equipa de transição do Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu hoje que a cerimónia de posse no próximo domingo será pacífica, apesar do que consideram ameaças terroristas de extremistas que rejeitam o resultado das urnas.
Os alarmes sobre a segurança da posse dispararam no último fim de semana, quando a Polícia de Brasília desativou uma bomba colocada num camião de combustíveis que, segundo as investigações, seria detonado no aeroporto da capital brasileira.
O responsável pelo atentado frustrado foi preso e confessou ter frequentado o acampamento de bolsonaristas montado há dois meses em frente ao quartel do Exército em Brasília para exigir um golpe militar que impeça a posse de Lula da Silva e mantenha Bolsonaro no poder, apesar da derrota nas presidenciais de outubro.
O detido admitiu que o seu objetivo era semear o caos e criar as condições para forçar o golpe que os adeptos do bolsonarismo mais radical exigem, apesar de os generais terem ignorado todas essas pressões.
o futuro ministro da Justiçado Brasil, Flavio Dino sublinhou, numa conferência de imprensa, que as autoridades policiais e militares estão “comprometidas com a democracia” e que todos os suspeitos de atividades terroristas serão investigados “nos termos da lei”.
O futuro ministro insistiu que haverá uma total mobilização dos órgãos de segurança do Estado durante a posse de Lula da Silva para garantir a paz durante a cerimónia, que, considerou, será “uma celebração da democracia“.
Para a posse de Lula da Silva são esperados pelo menos 17 chefes de Estado e de Governo, da mesma forma, cerca de 300 mil pessoas são esperadas na festa preparada pela equipa de Lula, que incluirá espetáculos com dezenas de artistas populares.