O Exército ruandês realizou operações militares no leste da RDC e forneceu “armas, munições e uniformes” aos rebeldes do M23, segundo um relatório de especialistas das Nações Unidas, ainda não publicado.
Os peritos afirmam no documento, já entregue no Conselho de Segurança, ter recolhido “provas substanciais” que demonstram “a intervenção direta das Forças de Defesa do Ruanda no território da RDC, pelo menos entre novembro de 2021 e outubro de 2022.
Este novo relatório, que deverá ser divulgado nos próximos dias, surge no momento em que, desde o relançamento da sua ofensiva em outubro, a rebelião tutsi do Movimento M23 conquistou grandes extensões do território do Kivu do Norte, província fronteiriça com Ruanda, levando a um forte aumento da tensão entre Kinshasa e Kigali.
O Exército ruandês, segundo este relatório, e como já referido num relatório confidencial datado de julho, “forneceu reforços ao M23 para operações específicas, em particular quando estas visavam tomar cidades e áreas estratégicas”.