O Presidente angolano manifesta “grave preocupação” pela situação em curso em São Tomé e Príncipe, onde há “registos de perturbação à ordem democrática e constitucional”.
Numa declaração tornada pública,João Lourenço, actual Presidente em exercício da CPLP, apela às autoridades santomenses a “procurar agir com espírito de justiça e serenidade” para clarificar a situação e tomar medidas pertinentes em estrita observância da legislação vigente no país e dos princípios dos direitos humanos”.
O Chefe de Estado angolano lamenta a ocorrência de perda de vidas humanas e afirma que a República de Angola “vai continuar a acompanhar com atenção o desenrolar dos acontecimentos”.
O Presidente João Lourenço manifesta-se igualmente disponível para desempenhar o papel que lhe for requerido no âmbito da CPLP, com vista à construção de uma base de amplo entendimento entre todas as forças vivas da Nação santomense”, lê-se na declaração sobre a situação prevalecente em São Tomé e Príncipe.
Na madrugada de sexta-feira, quatro homens atacaram um quartel do Exército em São Tomé e Príncipe, no que o primeiro-ministro Patrice Trovoada disse ter sido “uma tentativa de golpe” de Estado.
Os quatro atacantes morreram, assim como um dos alegados mandantes da acção que tinha sido detido, Arlécio Costa, antigo oficial do extinto “Batalhão Búfalo”.
Outro dos supostos responsáveis, o ex-presidente da Assembleia Nacional e actual deputado do movimento Basta, Delfim Neves, também foi preso.